Dizem que criar uma empresa é um ato de coragem, mas criar uma empresa de Recursos Humanos é um ato de loucura. Há um ano decidimos fazer o impensável: abrir a iU Talent e dizer, sem medo, que acreditávamos numa nova forma de recrutar, desenvolver e cuidar de pessoas. Parece simples agora, mas não foi.
Entrámos num mercado maduro, competitivo e muitas vezes desconfiado. Ouvimos que eramos “mais uma ETT” e que ia ser difícil inovar neste setor. É certo que precisámos de sorte, mas também de propósito, método, resiliência e uma enorme convicção de que, mesmo na era da tecnologia, o fator humano continua a ser o maior diferencial.
Tivemos também o privilégio de ouvir palavras de incentivo e de nos cruzarmos com pessoas que conhecem bem as dores, e a beleza, do crescimento. Gente que, não só percebe a exigência de arrancar uma empresa do zero, mas que escolheu estender a mão, abrir portas, desafiar-nos e celebrar connosco cada conquista.
Foi assim que começou a aventura. Com uma apresentação que mudava de 15 em 15 dias, com a abertura de uma área, depois outra e depois outra. Com gravações em garagens, com decorações de última hora e com prioridades que iam perdendo prioridade à medida que novas prioridades chegavam.
Crescemos, caímos, mas nunca desistimos porque acreditamos que o futuro dos RH não é sobre escolher pessoas, mas sim, sobre pessoas escolherem empresas.
Num ano, ligámos talento a projetos que mudaram empresas, reforçámos equipas que hoje operam mais rápido e com mais propósito. Entrámos em setores exigentes, da hotelaria à indústria, da banca ao retalho, sempre tendo em conta que cada contratação é uma história humana e não um número.
É verdade que usamos tecnologia, automação e inteligência artificial, mas com o objetivo de aproximar, não de afastar. Para libertar tempo para criar relações com alma que constroem equipas, mudar culturas e transformar negócios.
Este setor exige sensibilidade, velocidade, visão e uma resistência emocional indestrutível. É lidar com expectativas, mudanças, despedidas, novas oportunidades, sonhos e realidades, tudo ao mesmo tempo. Não é fácil, mas é extraordinário.
Não se trata só de abrir uma empresa, mas sobre afirmar uma visão, sobre provar que dá para entrar num mercado cheio, sem perder o coração no processo.
365 dias depois da prova de conceito, do teste de stress e da validação de que o setor estava preparado para uma abordagem diferente. Agora entra a próxima fase: não queremos apenas acompanhar a evolução dos RH, queremos inventá-la. Queremos questionar práticas antigas, desafiar métricas vazias e redefinir o que significa, de verdade, construir equipas que entregam valor.
O futuro da iU Talent passa por unir rigor a emoção, performance a experiência e provar que profissionalismo e sensibilidade podem, sim, coexistir. Queremos equipas que crescem, líderes que inspiram e organizações que não precisam de escolher entre resultado e cultura, porque sabem construir ambos.
Se o primeiro ano foi sobre entrar, o próximo é sobre marcar posição: fazer (ainda mais) barulho onde for preciso, trazer conversas que incomodam, assumir riscos, construir projetos que deixam marca e influenciar a forma como este setor olha para talento e para quem faz o trabalho acontecer.
Não queremos seguir tendências, queremos defini-las, e se há algo que aprendemos este ano é que, quando se acredita verdadeiramente numa visão, a incerteza passa a ser combustível e não um travão.